Portugal 2020

Sinais dos Tempos

A American Airlines abriu em Havana a sua primeira representação comercial em Cuba, apesar de já operar na ilha desde finais de 2016, quando se restabeleceram voos de e para os EUA. O embaixador dos Estados Unidos em Havana, Jeffrey De Laurentis, e vários executivos da American Airlines assistiram à abertura do novo escritório da empresa num edifício do Centro de Negócios, localizado numa zona com muitos hotéis no bairro de Miramar, em Havana. Após a suspensão das ligações aéreas entre Cuba e os Estados Unidos durante 55 anos, os voos regulares diretos entre os dois países foram restabelecidos oficialmente no passado dia 31 de agosto pela companhia Jet Blue, com uma rota que liga Fort Lauderdale (Florida) e a cidade de Santa Clara. A American Airlines tornou-se em setembro passado a terceira transportadora aérea norte-americana a recomeçar os voos regulares para Cuba, com viagens para Cienfuegos e Holguín. Iniciaram-se depois outras ligações, com a praia de Varadero, a cidade de Santa Clara e Camagüey. Esta companhia inaugurou a primeira rota de voos regulares entre Miami e Havana, no passado dia 28 de novembro. O recomeço dos voos regulares entre os dois países é fruto de um acordo de aviação civil resultante do processo de normalização das relações bilaterais entre Havana e Washington, anunciado em dezembro de 2014 pelo então Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e pelo líder cubano, Raúl Castro. Em virtude desse acordo, a administração Obama autorizou ligações por oito transportadoras norte-americanas, entre elas a United Airlines, Silver Airways, Alaska Air Group, Delta e Southwest. Apesar de os norte-americanos ainda não poderem voar para Cuba como turistas devido às restrições do embargo, podem fazê-lo se corresponderem a uma das 12 categorias de viagens autorizadas após a flexibilização de algumas restrições aprovadas por Obama. Aproveitando essa abertura, 284.937 norte-americanos visitaram Cuba em 2016, o que representou um aumento de 74% em relação ao ano anterior, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros cubano. Fonte: Lusa